Ah... Indonésia...

É... Os sonhos se realizam...

Os passos vão sendo dados e as páginas viradas... A história construída a cada conquista...

O tempo do "sacrifício" realmente chegou ao fim... E valeu muito a pena! A recompensa está aí...

Conquisto mais um dos meus objetivos... Chegar à Indonésia...

A chegada aqui foi um pouco conturbada... Já haviam me avisado de como proceder na chegada, mas mesmo assim caí nas mãos ambiciosas dos nativos...Ainda no aeroporto pedi um hotel em Bingin Beach e me levaram pra Kuta... Distância de uma hora de moto... Sem saber, negociei o hotel e paguei por umasemana, para baratiar os custos... No dia seguinte fui para a rua e achei algo estranho no ar... movimento, trânsito, civilização... Vim atrás do paraíso, ecaí no meio da cidade... aluguei uma motinho e fui descobrindo o caminho do paraíso... Perdi dinheiro, fui roubado no sorriso, mas cheguei ao meu destino...Vim para Uluwatu... ao lado de Padang Padang, Impossibles, Bingin Beach... Realmente... o paraíso de Bali é aqui... As ondas, esquerdas, são fenomenais... perfeitas... lindas...Mas a linha imaginária que divide o sonho do pesadelo é curta...

O problema é o mesmo motivo da perfeição... os belos Corais...

Com uma variação de maré que chega a mais de dois metros por dia e, com as condições para a perfeição na maré seca, água é o que menos tem na praia...Reefs afiados, ondas perfeitas e pesadas quebrando no raso... descobri na primeira onda o que não pode acontecer aqui: cair! Esfolei o joelho... E ganheia preocupação... Aos poucos fui deixando o medo de lado e dominando um pouco minha mente... afinal, vim pelas ondas... Depois de duas semanas por aqui, possofizer que já peguei ondas muito perfeitas, mas com muita cautela... me limito muito para não cair... os tubos ainda não passaram por cima da minha cabeça...Normalmente eles quebram na bancada mais rasa... e é ali que, normalmente, eu saio da onda... Mas eles passarão...Já descobri, também, o poder que as ondas têm por aqui... Com os reefs embaixo, vi formar uma das maiores séries que já vi de dentro d'água logo à minha frente...remei o máximo que pude para não deixar que estourasse na minha cabeça, mas o caldo foi inevitável... quando vi aquele paredão de água estourar logo em frenteà minha prancha, tentei ir o mais fundo possível... e por lá fiquei alguns momentos... quando, finalmente, consegui sair de baixo d'água, quase sem ar, veioa onda de trás...

Mas isso tudo faz parte!

Ficam, pricnipalmente, marcadas as lembranças das ondas, inesquecíveis, que já peguei...O povo balinês, na sua grande maioria é Hindu... pouco conheço à respeito dessa religião... mas são muito paz e amor... sempre rindo, animados, mesmo nãotendo muito... com sorriso te pedem dinheiro, sempre tentando vender alguma coisa... é o jeito deles sobreviverem! Tive aquela má impressão com o cara queme levou pra Kuta e não quis me devolver todo o dinheiro, mas percebi que a maioria dos balineses é gente fina!

Ah... Na Indonésia também tem surf trip!

Conheci três paulistas, com quem me emparcerei por aqui... E com eles fiz a surf trip mais louca da minha vida...Alugamos um carro, caindo aos pedaços, para encarar quase três horas de viagem, em Bali, para chegar até Padangbai, onde pegamos a balsa até a ilha do lado,Lombok! Depois de seis horas de balsa, já em Lombok, mais três horas de viagem, duas no asfalto, duas na trilha mais sinistra que já dirigi, com destino aoparaíso de Lombok: Desert Point! Ponto Deserto! A civilização ficava à, pelo menos, uma hora da praia... Na praia, três barzinhos de madeira e, alguns bangalôs,também de madeira, onde nos hospedamos... Água de posso, muitos galos e galinhas na volta... Alguns nativos da praia... reefs e esquerdas perfeitas...Muito mais que as de Bali... foram seis dias lá... totalmente perdido, no meio do nada... a única coisa que tinha para fazer era surfar... fora isso, comer,dormir e torrar no sol que bate forte aqui na linha do Equador...

Em Lombok, a maioria da população é mulçumana... A receptividade já é bem diferente... Não tem sorriso... O clima no ar é mais pesado... Ficam de olho grandenas coisas... Mas não dá para generalizar... na praia, conheci a família de um tiozão que cuida do warung do Hugo (o bar que eu ficava) durante a noite...O tiozão não fala nem uma palavra em inglês, só indonês... a comunicação era nos gestos... fumei um cigarro de palha com ele... figuraça!Na "casa" dele, fomos, eu e os paulistas, recepcionados com água de côco! O tiozão veio com um mapa mundi, e apontava o nome dos países, no mapa, para quenós disséssemos o nome para ele... Momentos que ficarão registrados na memória...

Depois de seis dias de muito surf e mais nada, hehehe, encaramos mais doze horas de viagem até chegar em Uluwatu novamente...Ainda restam doze dias de aventuras aqui pela Indonésia... Depois, mais alguns destinos a desbravar...

No Brasil, mesmo muitas vezes com medo, o surf tem cara de diversão... Na Austrália, sempre assustado com a possibilidade de shark atack, cara de preocupação...Já aqui, na Indonésia, tem cara de desafio! Cada onda, um desafio... É isso que busco...

Passo à passo, vou construindo em histórias tudo aquilo que, até então, eram apenas sonhos...